Adriana
Aparecida de Lima Terçariol
Universidade
Nove de Julho, UNINOVE/SP (Brasil)
Elisangela
Aparecida Bulla Ikeshoji
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de
São Paulo – Câmpus Birigui
Jeong
Cir Deborah Zaduski
Ana
Lucia Farão Carneiro Siqueira
Fernanda
Sutkus de Oliveira Mello
Universidade do Oeste Paulista, UNOESTE/SP (Brasil)
(este trabajo es un resumen del artículo del mismo nombre y realizado por sus autores, especialmente para el Blog CUED) El artículo original puede localizarse en este enlace
Universidade do Oeste Paulista, UNOESTE/SP (Brasil)
(este trabajo es un resumen del artículo del mismo nombre y realizado por sus autores, especialmente para el Blog CUED) El artículo original puede localizarse en este enlace
INTRODUÇÃO
O apoio legal sobre o
processo de avaliação encontra respaldo na Lei 9.394/96 de Diretrizes e Bases
da Educação – LDB (Brasil, 1996). No item V do Art. 24, referente à
educação básica, a Lei estabelece que “a
avaliação deve ser contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os
de eventuais provas finais”.
Portanto, a avaliação
contínua em Educação a Distância (EaD), segundo Laguardia, Casanova e Machado
(2010, p. 120), deve ser “[...] integrada à gestão educacional que seja capaz
de apontar os limites das estratégias pedagógicas e recursos midiáticos
utilizados em distintos grupos de estudantes, com vistas a subsidiar a sua
reformulação e adequação às novas demandas que surgem”, de modo que os
processos possam ser melhorados, tanto durante, como, posteriormente.
Nessa perspectiva, este
estudo apresenta como principal objetivo descrever e analisar as dimensões da
avaliação em cursos online, especialmente, àqueles implementados em
Instituições de Ensino Superior (IES).
PERCURSO METODOLÓGICO
O percurso escolhido
para desenvolver este artigo se pautou em estudos de revisão bibliográfica
sistemática, na base de dados Scielo, contou também com apoio de trabalhos
realizados por estudiosos sobre o tema, e as experiências vivenciadas no
cotidiano de trabalho das pesquisadoras. A escolha por este tipo de pesquisa se
deu em função de proporcionar aos pesquisadores o contato com os conhecimentos
já produzidos na área.
Realizou-se o
levantamento de publicações científicas, produzidas no Brasil, entre 2006 a
2015, que discutem a questão da avaliação, nas suas dimensões de ensino e
aprendizagem; material didático; infraestrutura tecnológica e avaliação
institucional, em cursos online.
A escolha deste espaço
temporal se justifica, pois a partir de 2006 entrou em vigor uma nova
regulamentação para os cursos na modalidade a distância determinada pelo
Ministério da Educação – MEC. O Decreto n. 5.622, de 19 de dezembro de 2005
(Brasil, 2005), estabeleceu o reconhecimento no sistema oficial de ensino dos
cursos ofertados nesta modalidade por Instituições credenciadas pelo MEC.
O descritor escolhido “cursos
online” na base Scielo disponibilizou 33 artigos sendo 8 artigos selecionados para
um estudo mais aprofundado, pois o resumo apresentava um viés próximo do
objetivo desta pesquisa.
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM E/OU RECUPERAÇÃO: PROCESSO
CONTÍNUO
A ausência física do
professor não retira o papel deste de mediador no processo de ensino e de
aprendizagem, tanto que esta é uma tarefa fundamental, embora difícil e
crucial, em se tratando de educação em modelo não presencial (Funo; Elstermann;
Souza, 2015).
Para Abreu-e-Lima e
Alves (2011) a autonomia do estudante em EaD é algo que pode ser conseguido
quando se proporciona diálogos de qualidade entre professor e estudante, assim
como entre os próprios estudantes. Daí a importância do professor em se atentar
ao que Funo; Elstermann; Souza (2015, p. 34) aborda sobre “habilidade do
aprendiz de realizar tarefas de modo independente [...] e desempenhar com a
ajuda de um parceiro que exerça o papel de especialista e lhe ofereça alguma
forma de suporte”.
É importante que no
decorrer de todo o processo de avaliação, que deve ser contínuo e constante, o
professor não se esqueça da “escada de feedback”
traduzida por Abreu-e-Lima e Alves (2011) que abrange: Esclarecer; Valorizar; Questionar e Sugerir.
Sendo assim, entende-se
que a proposta de avaliação para a modalidade a distância na IES, deve ser baseada
no princípio de que deve ser levado em consideração o ritmo do estudante, assim
como no desenvolvimento do aprendiz (Funo; Elstermann; Souza, 2015, p. 34).
O feedback pode propiciar essa segurança no decorrer do processo de
ensino e aprendizagem. Em sendo um elemento essencial na educação a distância,
segundo dados da pesquisa desenvolvida por Abreu-e-Lima e Alves (2011), com 154
tutores em formação da Universidade Aberta Brasileira (UAB), sendo 85% deles
com mestrado e doutorado, ainda é um elemento que precisa ser melhor
valorizado. Desses tutores em formação, 47,6% declaram que só reconheceram a
importância do feedback, após o curso
de formação para tutores, proporcionado pela UAB.
AVALIAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO: PROCESSO CONTÍNUO
Ruiz e Cordero (1997) destacam as preocupações que
devem existir na elaboração de material didático para a EaD, considerando,
principalmente, a dialogicidade dos textos e a utilização de elementos
audiovisuais que favoreçam o processo de ensino-aprendizagem. De acordo com os
autores, outro aspecto a ser considerado é a importância do contexto na
elaboração de material didático para a modalidade a distância.
Segundo Santos (2001, p. 114), “as tecnologias
digitais vêm superando e transformando os modos e processos de produção e
socialização de uma variada gama de saberes”.
Neder (2003) diz que a
educação a distância é uma modalidade de ensino que exige um processo de
discussão permanente entre os sujeitos envolvidos.
É comum, as IES preverem
nos projetos pedagógicos dos cursos, a serem ofertados em EaD, a depuração de
todos os materiais, após a primeira oferta, caso haja necessidade, sendo para
isso considerados os aspectos evidenciados por Fernandez (2009): a qualidade da
linguagem adotada no material; a relevância do conteúdo tratado; a cuidadosa
inclusão de atividades diversificadas, instigando a problematização e reflexão;
a adequação na inserção dos elementos formais (ilustrações, a comunicação
escrita e a programação visual); respeito à autoria.
Ressalta Rozenfeld
(2013) que para uma melhor exploração das potencialidades das tecnologias é
preciso buscar, na medida do possível, uma diversificação de mídias, ou seja,
planejar atividades de áudio, de vídeo, de animação, com figuras.
Imagina a riqueza do que
envolve o material didático e tudo que o envolve pode contribuir na formação
dos estudantes de medicina, por exemplo? Na pesquisa realizada por Santos e
Mercado (2010) discute-se nas aulas de telemedicina as possibilidades de
utilizar os sistemas de informática para registrar as imagens de muitos exames
que podem ser feitos online e a distância, assim como a emissão de laudos e das
imagens radiológicas, a distância. Além disso, é abordada no estudo realizado
por esses autores, a forma de arquivamento e comunicação, que deve respeitar
algumas normas e regras.
AVALIAÇÃO DA INFRAESTRUTURA TECNOLÓGICA: PROCESSO
CONTÍNUO
Em se tratando do pleno
funcionamento da infraestrutura tecnológica adotada para a viabilização dos
cursos na modalidade a distância, as instituições precisam contar com o apoio
de diversos profissionais que integram uma equipe multidisciplinar, sendo alguns
pertencentes à equipe do departamento de Tecnologia da Informação (TI), cujos
profissionais desenvolvem processos de avaliação e revisão, periódicos e
continuados, da infraestrutura de tecnologia disponível na sede da IES e
respectivos polos, quando é o caso.
Segundo Kurose (2006) é
possível identificar as seguintes propriedades desejáveis de comunicação
segura: confidencialidade, autenticação, integridade e não-repudiação de
mensagem, que vêm sendo considerados há bastante tempo componentes fundamentais
da comunicação segura e a mais recente é a disponibilidade e controle de
acesso.
A convergência dos
equipamentos e a integração entre materiais impressos e online, acrescida da
mediação dos professores, concorrem para que se criem ambientes de aprendizagem
enriquecedores e flexíveis. Tanto que as diversas articulações que ocorre entre
ensino e tecnologias, sua proximidade, ou melhor inter-relação, parece não
demarcar e fazer distinção entre eles (Miranda, 2014; Oliveira, 2010).
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL: PROCESSO CONTÍNUO
Esse processo avaliativo
interessa à IES, porque a instituição tem como meta superar seus próprios
limites e alcançar novos estágios de eficiência.
Segundo o Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP, 2015) a Avaliação Institucional,
divide-se em autoavaliação e avaliação externa. A autoavaliação é coordenada por uma Comissão Própria de Avaliação
(CPA), constituída por cada instituição, seguindo as diretrizes e roteiro da
autoavaliação institucional da Comissão Nacional de Avaliação da Educação
Superior (CONAES) que é o órgão colegiado de coordenação e supervisão do
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior, instituído pela Lei nº
10.861, de 14 de Abril de 2004 (Brasil, 2004). Já a avaliação externa é realizada por comissões designadas pelo INEP e
tem como referência os padrões de qualidade para a educação superior expressos
nos instrumentos de avaliação e os relatórios das autoavaliações.
Articulação da Autoavaliação do Curso com a
Autoavaliação Institucional
A CPA de uma IES
constitui-se em órgão colegiado com atribuições de condução dos processos de
avaliação internos da instituição, de sistematização e de prestação das
informações solicitadas pelos órgãos de regulação da educação superior (MEC,
INEP e CONAES), todas previstas no “caput” do artigo 11 da Lei 10.861/2004 (Brasil, 2004).
Sendo um órgão de
atuação autônoma em relação à administração superior da IES, em respeito ao
artigo 11, inciso II, da Lei 10.861/2004 (Brasil, 2004), com membros eleitos pelos seus
pares, conforme seu próprio regimento. Trata-se de um processo com caráter
diagnóstico, em constante aperfeiçoamento e que busca, de forma participativa,
por meio do envolvimento dos segmentos da comunidade acadêmica, analisar as
potencialidades e fragilidades apresentadas por cada setor da IES, de maneira
que seja possível valorizar os aspectos positivos e agir com eficácia diante
das situações indesejáveis que, por ventura, possam ser detectadas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Portanto, o estudo
desenvolvido aponta que é fundamental que se compreenda que os cursos na
modalidade à distância que se desenvolvem de forma exclusivamente online,
apresentam um caráter diferenciado e pelos desafios que enfrentam, devem ser,
após sua concepção e criação, acompanhados e avaliados, em todos os seus
aspectos, de forma sistemática, contínua e abrangente, por todos os envolvidos
nesse processo.
1.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
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